segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Viajando em trem ecologicamente correto;
e comunista também.

Cuba de trem é a experiência da miséria ao vivo.
Cuba de trem é a experiência da miséria ao vivo.




As primeiras ferrovias – de luxo, aliás – da América Latina, foram as de Cuba. Hoje elas constituem a forma mais lenta de transporte na ilha, o que não é dizer pouco.

Viajar de Havana a Santiago de Cuba – mais ou menos de uma extremidade a outra da ilha ou 765 quilômetros – leva em média 15 horas, caso o trem não quebre, fato muito comum.

Um jornalista do “Clarín” de Buenos Aires ousou a aventura e publicou os resultados.

As cabras pastam junto aos trilhos, obrigando as locomotivas a frear para não atropelá-las. Carros de antigas marcas americanas e caindo aos pedaços fazem fila nos cruzamentos, aguardando passar os vagões, que podem atrasar horas.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Na Argentina abre-se uma janela de esperança para a América Latina

Oposicionista Maurício Macri sobe impulsado pelo repúdio do bolivarianismo populista.j
Oposicionista Maurício Macri sobe impulsado
pelo repúdio do bolivarianismo populista.




Quem no domingo 25 de outubro foi procurar na Internet os números das eleições gerais argentinas no horário anunciado pelo tribunal eleitoral platino, teve uma decepção.

Teve que suportar uma longa espera de quase seis horas para além do prazo previsto. Já na alta madrugada, os inevitáveis vazamentos enunciavam a causa: a derrota do governo nacionalista bolivariano de Cristina Kirchner havia sido muito maior do que todos imaginavam.

E o governo aguardava dados de circunscrições eleitorais longínquas, a priori compradas com os programas sociais tipo as Bolsas brasileiras, para maquiar o desastre.

O discurso do candidato kirchnerista Daniel Scioli no estádio coberto Luna Park passou uma imagem desoladora de derrota. Noticias parciais transmitidas de boca em boca chegadas de diversos bairros do Grande Buenos Aires confirmavam a sensação de fim de uma era.

A grande nota dominante nos eleitores não foi a simpatia por este ou aquele candidato. Mas, o desejo como que incontido de por fim a uma era de atropelo e desmandos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ditadura venezuelana avança a cegas,
ensanguentada, hilariante e fanática

Maduro acusou os EUA de provocar 'microterremotos' e ameaçar a crosta terrestre. Retórica irracional contagia colegas bolivarianos.
Maduro acusou os EUA de provocar 'microterremotos' e ameaçar a crosta terrestre.
Retórica irracional contagia colegas bolivarianos.



O presidente Maduro adotou um pomposo projeto chamado de “Nova fase econômica”, cuja retórica é bem conhecida no Brasil e na Argentina e cujos resultados são igualmente invisíveis.

Sem ter o que exibir, em 31.10.15, Maduro acusou os EUA de estar provocando “miniterremotos” que destroem a crosta terrestre por meio do “fracking” que “contamina os afluentes de água interiores; todas poluídas com químicos”, noticiou G1.

Ele adotou o linguajar ambientalista radical sem saber direito do que estava falando. Ele rememorou discurso digno do esquecimento da presidente brasileira em Palmas, no Tocantins: “nós nos transformamos em homosapiens ou mulheres sapiens", “eu não tenho condições de participar de uma corrida de toras”, ou a incompreensível frase “se ele pular uma janela, pode pular atrás, porque pode ter a certeza que ele achou alguma coisa absolutamente fantástica”, segundo “O Estado de Minas”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ideologia comuno-populista desfaz a Venezuela
e jura vencer eleições contra todo prognóstico

Descontentamento popular reprimido: mas mal-estar popular não para de crescer
Descontentamento popular reprimido: mas mal-estar popular não para de crescer



É cada vez mais provável que a Venezuela declare default de sua dúvida soberana, quer dizer se declare inadimplente. Em 2015, Caracas conseguiu saldar suas obrigações internacionais com o auxílio, ideologicamente não gratuito, da China.

Segundo o jornal parisiense “Le Monde”, em 2016 o governo venezuelano deverá reembolsar 10 bilhões de dólares, quando a falência da estrutura produtiva do petróleo for superada pela queda do valor do preço da praticamente única commodity que a Venezuela tem para sobreviver.

O país ficará sem a metade de suas entradas habituais. Segundo o “Oxford Economics”, o lucro do petróleo caiu de 74 bilhões de dólares em 2014 para 42,5 bilhões em 2015.

A descida aos infernos financeiros amplifica o estado de falência que devora a Venezuela: recessão de 7 %; inflação mais alta do mundo; déficit explosivo nas contas correntes; reservas monetárias no seu mínimo histórico (16,9 bilhões de dólares em agosto, se os dados do governo forem críveis) representando apenas um mês e meio de importações de que o país depende para não morrer.

O bolívar, moeda nacional, troca-se de seis a 15 por dólar, segundo as taxas oficiais, mas a qualquer coisa por volta de 700 no mercado paralelo.